sexta-feira, 23 de março de 2007

Feira do Peixe

A Feira do Peixe é um dos momentos mais mágicos do centro.

Após o carnaval a cidade volta a sua rotina, as ruas do estão cheias mas sempre vale a pena sacar a feira.

Com uma tradição que se confunde com a criação da própria cidade resgata o espírito de quando não havia o muro da Mauá e o contato com o rio/lago era intenso.

É como se a portinhola que serve aos pescadores sobreviventes que passa por baixo do zurb se abri-se, escancarada sobre o porto.

Nada mais justo que começar a festa pela Colônia Z5, o verdadeiro embrião do Porto dos Casais. Pena que a produção pesqueira do Delta não seja mais a mesma, mas dá pra saborear um pintado na taquara.



Feira do Peixe será lançada domingo
A 227ª Feira do Peixe de Porto Alegre será lançada neste domingo, 25, às 10h30, na colônia de pescadores Z5, localizada na Praça Salomão Pires Abraão, Ilha da Pintada. A programação acontecerá ao longo do dia com almoço, feira de artesanato, show de artistas locais, concurso de pesca infantil e competição de barco a remo e caiaque. Depois do lançamento oficial, a Feira do Peixe será realizada no Largo Glênio Peres, das 8h do dia 03 de abril ao meio-dia da Sexta-feira Santa, 6. Serão 70 bancas - 65 de pescado, duas de peixe na taquara e três pontos de venda com lanches derivados de frutos do mar.




Praças

Smam divulga programação para conservação de praças.
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) divulgou a programação de conservação das praças, de 19 a 23 de março. Quatro equipes com 76 funcionários vão atender as regiões sul, leste, centro e norte. Além disso, uma equipe extra, com 15 funcionários, vai estar à disposição das zonais para outras demandas.

Daltro Filho não está na lista....vai ver não precisa.

Marchinha na Borges

Caros,

Cabe o registro do gênio louco Jupiter Maçã.

A Marchinha Psicótica de Dr. Soup foi captada no viaduto da Borges.

Operação policial congestiona centro de Porto Alegre

Você acha que a operação policial realizada hoje em Porto Alegre foi mal planejada? Haveria melhores horários ou dia da semana?

Sei lá...

terça-feira, 20 de março de 2007

otávio rocha

Nos últimos meses, no meio do verão, as praças do centro foram tomadas por uma nova leva de moradores de rua. A prefeitura "fechou" as pontes na Ipiranga e com isso a galera migrou para o centro e a cidade baixa.

Rostos diferentes, alguns mais mau-encarados, outros infantis.

Depois de um tempo você conhece as caras. O engraçado é que muitos dos tradicionais sumiram, dando espaço aos novatos, mais agressivos e agrupados. A Julieta anda inquieta e a moça que balançava sumiu.

Uma das lojinhas no viaduto otávio rocha foi invadida e aos poucos Porto Alegre vai recuperando o cheiro característico de mijo que tinha no início dos anos noventa, quando chamava a atenção do garoto de cassias que vinha fazer vestibular.

CORREIO DO POVOPORTO ALEGRE, SÁBADO, 17 DE MARÇO DE 2007
Mau cheiro em loja invadida
Estabelecimento fica no Viaduto Otávio Rocha
A invasão de moradores de rua a uma das lojas do Viaduto Otávio Rocha, no Centro da Capital, provoca a indignação de moradores e comerciantes da área. O local vem sendo habitado por adultos e crianças, que vivem em condições inadequadas, sem saneamento básico. Uma das principais reclamações é o forte odor que se acumula no entorno.
A Secretaria Municipal de Produção, Indústria e Comércio (Smic) informou que já está tomando as providências para solucionar o problema, em conjunto com outros órgãos da prefeitura, como a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) e a Guarda Municipal.
Dono de um restaurante situado próximo ao espaço invadido, o comerciante Ernani Glório Marchioretto reclama que está perdendo clientes por causa da situação. 'As pessoas deixam de passar por aqui. Até perdem o apetite', reclama o comerciante, que tem estabelecimento comercial há 17 anos naquele local. Ele se queixa ainda da ausência de iluminação pública. 'Pago a taxa mensal de R$ 9,00 e há seis meses não tem luz aqui', denuncia.
A invasão é no andar superior do prédio, mas os moradores já começam a habitar o térreo. Em breve, a Associação de Moradores do Centro se instalará junto ao viaduto, em área cedida pela prefeitura. 'Vamos ajudar o poder público a melhorar esse local', afirma João Hélbio Carpes Antunes, vice-presidente da entidade.

moro no centro

Morar no Centro de qualquer cidade parece sempre desafiador e ao mesmo tempo subsversivo.
As pessoas mais conservadoras tem medo do centro, dos seus prédios sem garagem, do tumulto dos camêlos.

Elas não frequentam o mercado público, não gostam do cheiro de peixe, da arquitetura antiga, do vento do Guaíba.

Andam pouco a pé e não entendem a história. Onde haviam e não haviam muros. Onde passavam os trilhos do trem.

Gosto de ir no super apé. De conhecer os donos da tabacaria e do restaurante. De poder comer um Xis as três da matina.

Não gosto do cheiro de mijo. Do assédio dos mendigos. Das pixações sem noção. Dos carros e seus motoristas agressivos.

Morar no centro é dúbio.

Postar impressões, percepções e quem sabe ter esperança de mudanças. Afinal o centro de Porto Alegre é um dos poucos do país que guarda um pouco de história, mantem seu comércio de rua e também tem muita gente que mora.